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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Milhares de neonazistas de toda a Europa se juntaram ao batalhão Azov da Ucrânia

Atualmente, há cerca de 2.500 estrangeiros em suas filas de acordo com um oficial de segurança alemão que falou com Der Spiegel

O batalhão Azov neonazi da Ucrânia está ganhando força na Europa, especialmente na Alemanha. Mais de 2.500 mercenários estrangeiros estão atualmente lutando do seu lado no leste da Ucrânia - três vezes mais do que em 2014, informa Spiegel, citando as autoridades de segurança.


Os membros ultra-nacionalistas do Batalhão Azov distribuem panfletos para recrutar novos membros em eventos neonazis em toda a Europa, afirma a revista alemã Spiegel  . A sua campanha promocional parece ser efetiva, à medida que  "mercenários cada vez mais" estão se juntando para " salvar a Europa da extinção".

Em julho, os panfletos foram distribuídos entre os visitantes de um festival de rock em Themar, na Turíngia, convidando-os a  "juntar-se às fileiras dos melhores"  para  "resgatar a Europa".  Fotos de neonazistas alemães que se apresentam em ternos de batalha com símbolos Azov alegadamente surgiu em redes sociais, de acordo com a revista.

A pequena cidade de Themar viu 6.000 espectadores de extrema direita participando do evento Rock against Foreign Domination em julho. As imagens postadas on-line mostraram que os visitantes usavam T-shirts fazendo referência acrônica às frases " Adoro Hitler "  , "eu amo o nacional-socialismo"  e  "suásticas".

À frente do festival, os residentes de Themar manifestaram preocupações crescentes com o show, exibindo bandeiras lendo: " Esses nazistas são insanos, devem ter cérebros de batata"  e " Nossa voz contra os nazistas". "Mas as autoridades locais disseram que não poderiam  impedir que  o festival ocorresse, pois não era ilegal de acordo com o direito alemão.

O voluntário extremista de direita Azov Battalion está ganhando cada vez mais apoio na Alemanha, de acordo com Spiegel. Sua  "campanha publicitária"  aparentemente foi bem sucedida, diz a revista, observando que as redes sociais exibem cada vez mais fotos de neonazistas alemães que orgulhosamente mostram sua fidelidade a Azov.

Após o golpe Maidan de 2014 em Kiev, militantes do Batalhão Azov foram organizados e incorporados à Guarda Nacional da Ucrânia, utilizados na ação militar de Kiev contra as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk. A unidade foi criada pelo líder do movimento "Patriot da Ucrânia", Andrey Biletsky - também conhecido em círculos nacionalistas pelo apelido de "Líder Branco".

Embora o ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov, tenha procurado incluir o Batalhão Azov em um programa de treinamento administrado por unidades do Exército dos EUA no oeste da Ucrânia, em 2015, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou por unanimidade a legislação que proíbe o treinamento e o armamento do grupo. Ele  se refere  ao batalhão como “ abertamente neo-nazista ” e  “fascista”,  e proibiu instrutores norte-americanos de treiná-los ou armá-los.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia  cumprimentou  o movimento, observando que  "levou ao Congresso americano há mais de um ano para perceber que este batalhão é uma reunião de neonazistas flagrantes que desfilam as insígnias das forças SS de Hitler".

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Aleksandr Lukashevich, disse que o próximo  "passo lógico"  para os legisladores dos EUA seria finalmente reconhecer o golpe de 2014 em Kiev, que foi ativamente apoiado por Washington, foi encenado pelos mesmos bandidos neonazistas. Obviamente, outras unidades da Guarda Nacional da Ucrânia não são melhores do que 'Azov' "  , acrescentou.

Azov é facilmente reconhecível pelo uso do Wolfsangel (Wolf's Hook), um símbolo antigo que também foi usado durante a Segunda Guerra Mundial pelas divisões SS nazistas e outros simpatizantes nazistas holandeses. O emblema de Azov também inclui o símbolo Black Sun da SS.

Fonte: RT

russia-insider

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