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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

“CENÁRIO IMPROVÁVEL”: O QUE ESTÁ POR TRÁS DA PROPOSTA DA CHINA PARA EXPANDIR O BRICS?

Pequim recentemente pediu a expansão do grupo BRICS, que atualmente inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em uma entrevista ao Sputnik, Victoria Panova, assessora de planejamento estratégico da Comissão Nacional de Pesquisa BRICS da Rússia, fez uma reflexão sobre o assunto.

Comentando o empenho de Pequim para expandir a participação dos BRICS, a especialista russa, Victoria Panova, disse que, antes de tudo, o foco deve ser o atrativo de aliados BRICS em vez de incluir mais estados na organização.

“Primeiro, o BRICS deve estabelecer mecanismos concretos de interação e só então pensar em convidar outros países para se juntarem ao grupo”, disse Panova.
Ela acrescentou que “por um lado, nós realmente precisamos formar um certo círculo de amigos dos países BRICS, isto é, entendemos que não teremos uma expansão real [da organização] no futuro próximo”.

Panova advertiu contra o isolamento do BRICS, dizendo que o grupo deveria atrair mais aliados de países emergentes e em desenvolvimento.

“Ou seja, o BRICS se posiciona como um tipo de formato alternativo mais transparente do que o G7, por exemplo. É por isso que os BRICS devem estar abertos ao mundo não ocidental, onde devem encontrar aliados, algo que é o pano de fundo da iniciativa da China”, disse ela.

Panova descreveu a China como um poder global que tenta sem sucesso encontrar aliados regionais que poderiam estar prontos para cooperar com Pequim.

Ela também apontou que a África do Sul provavelmente se concentrará nos países do continente africano, “especialmente porque a África do Sul deve se posicionar como um país-chave na África ou como uma janela ou porta para o continente africano” antes da presidência rotacional do país nos BRICS em 2018.

“Em qualquer caso, vejo a expansão BRICS como um cenário improvável”, apontou Panova.
Fundada em 2006, o BRICS é uma associação de cinco principais economias nacionais emergentes, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que representa quase três bilhões de pessoas e cerca de 20% do PIB mundial.

Em julho de 2017, a imprensa internacional citou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, dizendo que “Pequim considerará a possibilidade de um formato BRIC + para iniciar um diálogo com outros países em desenvolvimento”.

“Esperamos estabelecer parcerias amplas e expandir o nosso círculo de amigos para transformá-lo [BRICS] na plataforma mais eficaz para a cooperação Sul-Sul”, disse Yi. Ele se recusou a elaborar sobre quais países poderiam ser incluídos nos BRICS+.

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