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terça-feira, 21 de março de 2017

Temer diz que agronegócio não pode ser prejudicado e UE suspende importação de carne

O presidente Michel Temer voltou a minimizar nesta segunda-feira (20) o escândalo sobre a qualidade da carne brasileira desvendada pela Operação Carne Fraca da Polícia Federal.
Temer durante jantar com Embaixadores em uma churrascaria de Brasília neste domingo (19).
Ao participar em São Paulo da cerimônia de posse do Conselho de Administração da Amcham Brasil (American Chamber of Commerce for Brazil), Temer defendeu a qualidade da carne e a inspeção brasileira, disse que a situação encontrada pela Polícia Federal é pontual e ressaltou a importância de não se comprometer o agronegócio brasileiro com o escândalo da carne, pois o setor é muito importante para o país e não pode ser desvalorizado por "uma coisa menor", que segundo o presidente será punida se necessário. 


"Nós temos na verdade sistemas rigorosíssimos de avaliação sanitária aqui no Brasil. Também sabemos que quando o produto chega no país estrangeiros, em muitos deles há uma nova inspeção, que é para validar a inspeção feita aqui no Brasil. Eu quero salientar esse ponto tendo em vista que o agronegócio para nós no Brasil é uma coisa importantíssima e não pode ser desvalorizado por um pequeno núcleo, uma coisa que será menor, apurável, fiscalizável, punível se for o caso, mas não pode comprometer todo um sistema que nós montamos ao longo dos anos."
No domingo (19), o presidente Michel Temer realizou uma reunião com ministros de estados e cerca de 40 representantes de países importadores de carne brasileira para tentar tranquilizá-los e anunciar mais rigor na fiscalização dos frigoríficos do país, além de determinar mais agilidade nas auditorias a serem feitas nos estabelecimentos envolvidos no esquema. Para provar a qualidade da carne brasileira, o presidente convidou os embaixadores para um churrasco em um restaurante em Brasília.
Após a ação da Polícia Federal, o ministério da Agricultura exonerou Gil Bueno de Magalhães e Júlio Cesar Carneiro dos cargos de Superintendentes dos estados do Paraná e Goiás. Ambos são suspeitos de envolvimento no esquema de suposto pagamento de propina por frigoríficos a agentes públicos para facilitar a emissão de certificados sanitários para alimentos que estavam estragados ou fora de validade para consumo. Segundo a Polícia Federal, os frigoríficos envolvidos no esquema maquiavam as carnes vencidas com produtos químicos e as reembalavam para serem comercializadas.

Outros nove ocupantes de cargos comissionados também foram exonerados. Ainda na sexta-feira (17), quando foi deflagrada a Operação Carne Fraca, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki anunciou o afastamento de 33 servidores de seus cargos, que foram citados na investigação da Polícia Federal.
Diante dos resultados apresentados na Operação Carne Fraca, a União Europeia decidiu suspender, provisoriamente, a importação de carne brasileira de todas as empresas envolvidas nas investigações. O Ministério da Agricultura brasileiro, informou que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial de que a União Europeia suspendeu temporariamente a importação. 
Uma reunião também está prevista para acontecer esta semana na Europa para tratar do assunto, porém, não foi identificado até agora problemas nos produtos já importados.
A China e o Chile também suspenderam temporariamente as importações de carne brasileira após vir a tona as ilegalidades na fiscalização sanitária.
Já a Coreia do Sul proibiu temporariamente  a compra de produtos de frango da BRF, das marcas Sadia e Perdigão e exige que os fornecedores brasileiros de carne de frango passem a apresentar um certificado de saúde emitido pelo governo brasileiro.

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